Monólogo.

Falei e não houve resposta. Muito pior que meus freqüentes monólogos. Neles eu sei que só há eu monologando comigo, e sem ouvir resposta de mim (metade redundante). Mas falar com você, e te ver estagnado, me dá nos nervos. Esse é o seu tempo. Só não quero perder o meu, há muito o que conquistar esse ano.

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De tudo o que poderia ser feito estou farta.
Estou cheia dos arrependimentos sem causa, dos gestos programados, das palavras ensaiadas.
Palavras copiadas me soam estranhas, perguntas repetidas também.
Está na hora de novas atitudes, de caminhos diferentes.
Mude, transforme, surpreenda.
Que a distância não vire solução.

Nem tão mimada.

Eu poderia ter gritado, esperniado, pedido socorro, implorado por meus direitos.
Eu poderia falar, escrever, reinvidicar.
Poderia ainda ficar calada, chorar, fazer você sentir pena.
Poderia ficar emburrada, chateada, menosprezar.
Mas a decisão que tomei foi diferente. Resolvi que nada disso valeria a pena. Não me levaria a lugares maiores, e nem ao devido reconhecimento.
Resolvi entregar a Deus, uma única vez, em uma única oração.
Ele trabalhou enquanto eu durmia, e em menos de uma semana tive a resposta que quis.
Fico cada vez mais convencida de que Deus está muito próximo, Ele está atento pra nos abençoar. Reconhecer cada pequeno milagre deve gerar um sentimento Nele igual o que há em mim. Acho que isso é felicidade, com uma pitadinha generosa de prazer.

Íntimo.

Tão próximos, e tão íntimos que não precisa de toques invasivos. Só a presença é capaz de desnudar qualquer pensamento, qualquer desconforto ou desconfiança.