filha única, única.

Ser filha única. Não é questão de escolha, mas me escolheram assim.
Não tenho algumas coisas, e há quem diga que tenho muitas.
Mas na verdade, é que eu já tinha feito uma escolha pro futuro, mas agora quero deixar por escrito. Não quero ter só um filho. Dois no mínimo. Casa cheia; filhos, cachorro, papagaio. Quero minha casa cheia de amigos, de visitas, e bem espaçosa. Quero filhos, bons filhos. Quero uma família com comunicação aberta, fronteiras na medida certa, estrutura forte. A família que Deus me deu, é muito boa, tenho de tudo, tenho uma mãe que me ama. Mas posso sonhar com coisas maiores. Me sinto sozinha ás vezes, confesso. Se minha mãe sai, é claro que fico sozinha em casa. Me pegar assim é ruim e meio. Conviver a dois é mais complicado que viver a três. Outra hora eu falo sobre isso. Não sei se entende, mas resumindo, estou me sentindo sozinha. Me pego sozinha. Só eu, meus pensamentos e Deus. Me fechei em um mundinho que está cheio de mim, e esse espaço não está totalmente preenchido. Junto de mim estão chegando algumas coisas que não são boas, tão deixando meu mundinho sufocado e escuro. Escrever sobre isso me faz pensar em tantas outras coisas que não há mais espaço pra escrever, nem tão pouco há congruência entre os pensamentos, por isso, vou deixar tudo comigo...por enquanto.